12.6.07

Death by Caffeine

Esse teste diz que tomando cerca de 80 xícaras de café eu bateria as botas. Eu adoro café: fato. Mas sendo assim, 80, acho que não morro disso não! YUPIEEEEE!

10.6.07

Musics of my life

Todo mundo tem a lista de músicas da vida, não? Então resolvi deixar meu top ten aqui. Ele não é imutável, mas quase tudo que julgo indispensável na minha playlist vocês encontram listado abaixo. Eu acho que na opinião geral, o que vem de fim vai parecer melhor que meus eleitos como tops. Mas como é uma classificação passional, pardon me! A discussão aqui não é a qualidade de qualquer coisa, certo?
ENJOY!

10. Sapato Velho - Roupa Nova: Um dos melhores exemplares da MPB, na minha opinião. Roupa Nova é algo discutível, mas por causa de Sapato Velho eles terão créditos comigo por toda a eternidade. Então posso detestar muito da obra deles, mas me ofenderei profundamente se alguém disser que tudo o que fizeram é um lixo. E ainda adoro Frisson, antes que me digam que Sapato Velho é a única coisa que presta!
09. Demons - Super Furry Animals: Demons foi a música que me fez viciar em SFA. Poucas músicas da atualidade me parecem épicas como no estilo progressivo, que é dos meus preferidos, mas Demons é assim. E não conheço quem não tenha escutado e viciado. Obra prima dos peludinhos.
08. Try a Little Tenderness - Otis Redding & The Bar-Kays: Eu já ouvi N versões para Try a Little Tenderness, e gosto de boa parte delas. Mas as melhores são a do filme Duets, que me apresentou a música, e a de Otis Redding & The Bar-Kays, um remake da original que inseriu o estilo soul no clássico. Uma das músicas que mais traduzem um cantar apaixonado e explosivo. (E antes que me perguntem, Duets é um filminho muito ruim, mas a trilha sonora é ó-te-ma!)
07. Águas de Março - Elis Regina: Elis é indiscutível. Nem sabia quem era Elis Regina até que a morte dela me fez descobrir que a vida tinha fim, que meus pais não eram imortais e que um dia eu ia ter de parar de brincar com minhas bonecas. E então passei a ouvir Elis e chorar, todas as vezes, ainda pingo-de-gente. Se não fosse por Águas de Março, que sempre achei ter sido escrita para mim já que o dia de meu aniversário inaugura as enchentes na cidade, eu só choraria com Elis. A versão com Tom quase foi a escolhida, o problema é que acho Tom um ótimo compositor e péssimo cantor.
06. Lullaby - The Cure: Se você quiser fazer um streap tease para uma pessoa que não manja nada de inglês, use Lullaby! rs. A letra é uma viajem, literalmente, mas a parte instrumental é tão envolvente quanto um abraço dado no momento da entrega depois de meses de flerte.
05. Paralyzed - The Cardigans: Se a pessoa manja de inglês, use essa para o streap tease! Paralyzed é uma música perfeita. Eu sou suspeita, pois ela foi a trilha sonora de um carnaval inesquecível, mas as pessoas que a conhecem partilham da opinião de que essa música causa efeitos BEM interessantes, no sentido mais interessante dentre as coisas interessantes. E é provável que The Cardigans entre para sua playlist depois disso.
04. Firth of Fifth - Genesis: Que Genesis é uma das bandas da minha vida, todo mundo sabe. Difícil foi escolher a preferida, pois Carpet Crawlers brigou feio com Firth of Fifth (fico devendo a versão completa, mas mando por email se alguém quiser). Mas essa música foi o marco da melhora do meu irmão após um acidente que quase lhe tirou a vida. Lembro que ainda voltando lentamente ao normal, após um longo coma, demos o teclado para ver se o estimulava a falar e se locomover. Os primeiros acordes que saltaram foram do solo fantástico no início dessa música. Só de lembrar meus olhos enchem de lágrimas. É apaixonante.
03. How Deep is Your Love - Bee Gees: Dentre os clássicos, uma música perfeita para trilha sonora de um grande amor. Eu já tive um baita preconceito com o falcete agudérrimo do Barry Gibb antes de How Deep is Your Love, mas ela foi responsável, inclusive, pela adoração temporária que já tive por Bee Gees .
02. A Little Respect - Erasure: Sim, Erasure! A Little Respect é uma música que marcou um momento de transição importante da minha vida, das primeiras que me fizeram largar Xuxa e Mara Maravilha. Dos primeiros momentos que pensei que estava crescendo e que tinha vontade própria. Dos primeiros friozinhos na barriga, das primeiras descobertas do coração. É das coisas mais nostálgicas da minha história.
01. A Summer Wasting - Belle and Sebastian: Não me perguntem o porque, pode ser muito por causa de Belle, mas A Summer Wasting é a minha trilha para todos os momentos. Nos que estou feliz ela reforça o sentimento, e nos que não estou tão feliz ela me ajuda a sorrir. Me faz pensar em um campo de grama perfeita, com flores multicoloridas e borboletas everywhere: minha tradução para paz de espírito.

Foi difícil deixar de fora da lista 'Oh, Donna', do Richie Valens (que me faz sentir saudades de um tempo que não vivi), 'Live and Learn' dos Cardigans (que também me traz paz de espírito), '(They Long to Be) Close to you', dos Carpenters (uma das canções mais fofas de todos os tempos), 'Always on my mind', do Elvis (que aprendi a gostar com Pet Shop Boys), e 'Time' do Alan Parsons (sem comentários!). Então acho que vale citar!

8.6.07

A mistura da janta

Sobre expressões que incomodam:

Eu tenho lá meu grau de frescura, que nem é tão baixo assim, confesso! E talvez por causa disso algumas palavras me desnorteiam.
Eu cresci odiando a palavra beleza. Acho sem rima poética, sei lá. Fato é que essa palavra só se tornou suportável quando se tornou gíria. 'Então, beleza! BLZ!'. E só pensando assim eu consigo pronunciar. Fora desse contexto, ela só se encaixa em diálogos domésticos do tipo 'Comprei uma mandioca que é uma beleza, menina!'. E, definitivamente, não nasci pra ter esse tipo de diálogo.
Mas janta e mistura não se adaptam, passe o tempo que passar.
Sobre a primeira palavra, veja a diferença:

- Hora da janta! OU
- O jantar está servido!


O primeiro é sem classe, o repeteco do almoço. Mas jantar é tão sonoro e convidativo! Então não importa se estamos consumindo o repeteco do almoço, eu sempre uso jantar. Questão de estilo.
Agora mistura é palavra que não entendo. Meu pai abominava ouvir essa palavra e acho que o argumento dele fazia muito sentido: o que vem à cabeça quando você ouve a palavra mistura? Para mim soa como papa de neném, tudo que tem para comer numa grande maçaroca. Então não me conformo do atrativo principal do prato, o diferencial dele, levar apelido de maçaroca. É de perder o apetite.
Moral da história: faça um tutu-de-feijão-com-ovo-mexido, e me convide para JANTAR um prato especial composto de tutu-de-feijão-com-ovo-mexido, porém nada declarado como mistura, e aceitarei apetecida. Mas se me convidar para um risoto acompanhado de mistura, ainda que essa seja um salmão grelhado ao molho de mostarda, vou entender que estou consumindo o rest'o-donté.

7.6.07

Nem sim, muito menos não

"Não ver, não ouvir, não deixar muita coisa se aproximar - primeira mostra de inteligência, primeira prova do fato de que a gente não é um acaso, mas sim uma necessidade. A palavra usual para esse instinto de autodefesa é a palavra gosto. Seu imperativo não apenas ordena a dizer não, onde o sim seria uma 'atitude desinteressada', mas também a dizer não o menos possível... Separar-se, amputar-se daquilo em que o não sempre voltaria a ser necessário. A racionalidade nisso é o fato de que as despesas defensivas, por mais pequenas que sejam, quando levadas à categoria de regra, de hábito, acabam condicionando um empobrecimento extraordinário e completamente desnecessário. Nossas grandes despesas são o grande número de despesas pequenas. O ato de defender, de não-deixar-se-aproximar é uma despesa - ninguém se iluda a respeito disso-, uma força esbanjada para objetivos negativos. A gente pode, apenas na necessidade constante da defesa, ficar tão fraco a ponto de não conseguir se defender mais..." (NIETZSCHE, em Ecce Homo)

Pois é...

3.6.07

Série: para começar a amar...

... The Jackson Five

The Jackson Five é uma das poucas coisas que eu ouvia por vontade própria quando era mais nova e ainda faz parte importante do meu repertório. Das bandas que coloco para levantar o humor com garantia de dar certo. Todo o resto é herança paterna que acabou tomando forma em mim.
Fico realmente chateada quando as pessoas se mostram chocadas ao descobrirem do quanto gosto de Michael Jackson, como se o fato de ouvir suas músicas fosse uma aprovação à pedofilia. Sinceramente, acho que essas pessoas são surdas. Se fosse assim jogaríamos toda a obra do Michael Jackson no lixo por ter surtado na última década, e no entanto ele é indiscutivelmente um dos maiores ícones da música pop, com o record de álbum mais vendido da história que, por motivos óbvios, dificilmente será batido. E com o Michael iriam também inúmeros outros nomes de todos os gêneros que já se envolveram em escândalos. E não vou entrar no mérito do quanto a criação dos meninos foi sofrida para manter o sucesso absurdo da banda, ou da infância roubada, ou da carrasquice do pai dos garotos: seria uma ignorância ainda maior deixar de lado toda a obra por pensar assim.
Então você ouve aquele menininho ainda tímido e que mal havia saído das fraldas dando agudos e falcetes afinadíssimos, dançando como gente grande e não tem como se apaixonar. Mas é engano dizer que o talento todo veio às duras penas já que o talento, em si, foi descoberto quando ainda tocavam escondidos do pai que os trancava para ir ao trabalho: eles fugiam para a casa do vizinho e passavam o dia descobrindo o próprio dom. Até que o pai descobriu, assistiu e decidiu explorar, em todos os sentidos, do talento dos filhos. Dos cinco, depois seis, depois sete, enfim, nem sei qual o maior tamanho que atingiu a formação. E o resultado rendeu coisas geniais que sempre estão nas minhas playlists (na ordem, como sempre):

- I want you back;
- The love you save;
- Never can say goodbye (com versões de nomes como Isaac Hayes e Gloria Gaynor);
- Got to be there;
- ABC;
- I'll be there;
- Ben;
- Mama's pearl;
- Blame on the boogie;
- Can you feel it.

Não posso deixar de citar a versão dos mocinhos para Ain't no sunshine, que das dezenas existentes é a minha preferida, ganhando fácil de Bill Withers.
Se eu pudesse ter assistido a comemoração dos 30 anos, acreditem, eu teria chorado do começo ao fim E escandalosamente. Sou assim, apegada às paixões!

2.6.07

Cappuccino

Um dia perfeito é frio e com o céu azul, coisas que só o Outono oferece. Um dia quase perfeito é um dia frio com uma garoa fininha. Lá fora chove, mas sou capaz de gostar um tanto disso se estou dentro de casa, como agora. Um dia cheio de trabalho que se iniciará na cama, embaixo de muitos cobertores, lendo um livro e tomando um cappuccino. Aliás, o Outono e o Inverno me dão a possibilidade de viver grandes paixões: cappuccino, botas, sobretudo, sopa, lareira, fondue. Ai, ai... Amo muito tudo isso!