8.1.08

1908

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08 de janeiro de 1908

Nada mudou, mas cheguei às minhas conclusões. Se meu hoje retrocedesse 7 anos, saberia o que fazer. E toda a dor e indignação por meus atos, agora, não fariam sentido. Mas há 7 anos eu não sabia. Eu não conhecia, eu não permitia, eu não
vivia. E com um repertório tão insignificante eu simplesmente não poderia saber como fazer. Eu me perdôo: a vida não é uma experiência e não há depois, não há 'da próxima vez'. Cada fato tem seu início, meio e fim, ainda que retornemos a algo semelhante. A vida é única. E eu... Eu escrevi meu próprio romance antes de descobrir a mim mesma, e como saberia? Não havia vislumbrado os espelhos aos quais me atentei nos últimos anos: as histórias que ouvi, os livros que li, as pessoas que conheci - fragmentos que me possibilitaram vislumbrar a vida que não me permiti e quem eu realmente sou (seria?).
Então hoje, agora, me resta prosseguir arrastando-me na lama onde me joguei. A lama é o lar das pessoas que concebem a felicidade como sendo um eterno estado de inércia. E eu sei disso, mas o caminho de volta é longo demais e numa única vida não haveria tempo de retroceder. Parada, afundo. E isso, hoje, não quero. Prossigo pois talvez chegue noutra margem, talvez encontre outro fato para viver, dessa vez guiada por uma seta formada pelos fragmentos que reuní e que formam o mosaico que sou EU. Quando as pernas não conseguirem mais e não houver margem no horizonte, talvez desista. Talvez, afunde. Mas apenas não havendo forças nas pernas e possibilidade de margem no horizonte.
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3 comentários:

Lucca disse...

Isso é de quem, Cá?

Catita disse...

Te dou um doce se você adivinhar!
Ah, meu querido: VENHA LOGO! I need U!
Beijos...

Lucca disse...

Ô, modeuso!
Já vou, já vou, amore!
Seja só um cadinho paciente: quando chegar, vai ser pra ficar!
êêêêêêêê!
Beijos, beijos, beijos...

PS: Não faço idéia de quem seja o texto, Cá! =(