15.3.08

Certificação x preservação da retaguarda

Têm coisas que eu costumo guardar pra mim e rir sozinha, mas não vou aguentar nesse caso pois servirá também de um conselho valioso.
O ginecologista me pediu alguns exames de rotina. E o ginecologista, como todo médico, escreve daquela forma que você só entende a letra inicial da palavra.
Então ligo no laboratório para marcar os exames e segue o seguinte diálogo:

- Quais os exames a senhora vai fazer?
- Um deles é ultrossonografia mamária (esse foi fácil, eu consegui ler o UL de ultrassonografia, além da palavra ter um tamanho facilitador para fazer associações, e 'mamária' eu consegui ler o MAM, tranquilo!).
Continuei:
- Gostaria de tentar marcar o outro no mesmo horário.
- Qual o outro exame, senhora?
Me esforcei mas só consegui ler o COL inicial, e não me veio nenhum exame em mente. Então abri a lista de exames do plano e lá estava: COLONOSCOPIA.
- O outro é uma Colonoscopia.
- Senhora, para este exame não damos as instruções pelo telefone. A senhora precisará ir até a unidade coletora para conversar sobre a preparação.
Daí pensei: 'Puxa, esse laboratório é melhor que o último, pois da outra vez eles fizeram o exame sem essa preparação toda'. Mas perguntei:
- Para fazer colonoscopia preciso ir até a unidade coletora, pegar informações e só depois marcar o exame?
- Sim senhora, esse é o procedimento.
- Ok, obrigada. Vou providenciar.
- O laboratório blablabla agradece, tenha uma boa tarde.

Sabe como é, eu sou curiosa. Fui pesquisar o por quê uma colonoscopia precisaria de um procedimento tão peculiar. E ainda bem que fiz isso. Ia ser a coisa mais estranha do mundo ir fazer a colonoscopia e, pior, levar o resultado ao gineco. Graças à minha curiosidade natural, consegui descobrir que precisava, mesmo, de uma COLPOSCOPIA, e me safei do mico federal que estava prestes a pagar.