7.7.08

Esperança

A coisa triste de partir é a obrigação de deixarmos coisas que não queremos deixar. E assim foi com o meu convívio com a Fer, que é uma mulher que amo, quando saí do meu penúltimo emprego. Sinto muita falta das nossas conversas sobre todos os assuntos, sobre os desabafos e confidências de uma época de nossas vidas que, sem dúvida, fez de nós pessoas muito mais maduras.

E ela me presenteou há alguns dias com um poeminha de Vicente de Carvalho sobre a esperança, que não é um poeminha meigo de ninar, e sim uma forma real de enxergar essa coisa que nos move mesmo que nunca alcancemos o que esperamos.

Há duas coisas que eu tenho como alicerces, das quais não posso abrir mão se quiser me sentir viva: o convívio com os outros - pois realmente acredito que a vida é a arte de conviver, e ainda vou dissertar sobre isso por aqui- e a esperança. Desde sempre pensei que posso até não alcançar o que espero, pero sin perder la esperanza jamás. E talvez seja esse mesmo o mecanismo da esperança: não ser conquistado para continuar nos alimentando todos os dias com a vontade de viver.

Só a leve esperança em toda a vida
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.
O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.
Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,
Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos
.

5 comentários:

Arquiteta Fernanda Leone disse...

Minha querida! Você não imagina o quanto eu sinto sua falta, sua companhia, seu ombro amigo para as horas ruins e boas também, nossas besteiras em "epañol", enfim um mundo que me faz muita falta...
Já te disse isso uma vez e torno a repetir; Te admiro muito! Pela alma maravilhosa que é;pela grande mulher que se tornou e pela amiga que sempre foi, não só de mim, mas com certeza de muitos que fazem parte da sua vida...
O que me conforta agora é a certeza que estamos ligadas de uma certa maneira e a esperança de um dia revivermos tudo que já passamos juntas...
Te amo corazón! Conte sempre comigo.........Mil beijos Fê

Anônimo disse...

É difícil mesmo...
Mas há laços que não se desfazem, só se afrouxam um pouco.
Beijokas.

Lucca disse...

E eu acho que vou chorar... Sinto as lágrimas se formando em meu ESTÔMAGO!
=´(
Brincadeiras à parte, o poema é perfeito, linda.
E disserte, pois! Você dissertando é o rouxinol nos maravilhando com seu canto.
Amo!
De um tantão ASSIM!
Beijos!

Catita disse...

Fê,
Você bem sabe que tudo isso é recíproco, não é? Eu amo você!

Telma,
Você tem razão, e é natural que seja assim. Não deixa de ser chato, não é?

Dan,
Só se for dissertando, pois cantando estou longe de um rouxinol! hahahaha
Beijos, hunny!

Lucca disse...

HUAHUAHAHAHAHAHAHHAHAUHUA!
Ah, mas o que você queria?
TUDO PARA VOCÊ?
Não pode, né!
Os outros se sentiriam mal diante de tanta perfeição!
Deus é justo, hunny!
Nós sabemos!
Rs.

Beijooooooooooooooooos