Minha mãe sempre foi uma consumidora voraz de café. Ela deixa uma xícara sobre a pia na qual joga uma água entre um café e outro, mas não dá tempo nem da xícara esfriar. Eu a criticava tanto que acabei pagando a língua.
Não foi assim, gratuitamente. A faculdade já anunciava o futuro das minhas madrugadas, e para o novo hábito que a vida me apresentava eu segui as mais diversas receitas: cápsula de guaraná, energéticos, café-com-coca-cola... Este último surtia efeito, pois a dor no estômago era tanta que não conseguiria pegar no sono, mas também não conseguia executar as tarefas e acabei deixando a fórmula para trás. Mas o café, o vício maligno de mamãe, esse não! Ele não me fazia mal (ainda) e só de sentir o cheiro eu já me via com forças de atravessar a noite. O efeito sempre foi mais psicológico que orgânico, mas era um efeito. E café passou a combinar com trabalho, são companheiros inseparáveis na minha vida. O problema é que, prá quem não sabe, sou uma workaholic da pior espécie. O estômago já reclama, mas o vício fala mais alto.
Eu abomino os domingos aqui na Rocha, onde as vizinhas começam a preparar o almoço às 8 da madrugada (não é exagero!). Daí corro a preparar meu 1o café do dia e me desejar um dia maravilhoso. Não há nada que me dê mais esperanças de um bom dia do que o cheiro de café logo pela manhã.
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